12 de setembro de 2009

Antes de Ferir um Coração...


...lembre-se: Você pode estar dentro dele.

Sábio foi o apóstolo Paulo quando disse que quem consegue dominar sua lingua, consegue dominar todo o seu corpo. As palavras ditas não voltam, já foram ditas. E como isso nos dói e nos constrange quando sabemos que ferimos além de um ser. Ferimos um coração. E essa dor torna-se tão intensa que chega a rasgar o nosso próprio coração pois na verdade, foi o que fizemos. Nos ferimos por que ferimos a quem amamos.
Nossos lábios muitas vezes dizem coisas que nãos queremos dizer muito menos o coração mas mesmo assim preferimos dar ouvidos aos nossos erros de caráter do que ouvir Deus dizer que "a palavra dita ao seu tempo é como maçãs em salvas de prata." Pior que uma pessoa que ama e triste é uma pessoa magoada por quem seu coração é dono...
Mas graças a Deus que Ele, em Sua infinita misericórdia nos deixa a mensagem de que os defeitos de caráter também são em nós mudados.

"Ora, se alguém causou tristeza...basta-lhe a punição pela maioria. De modo que deveis, pelo contrário, perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o mesmo consumido por excessiva tristeza." II Co 2:5-7

Essa é a atitude de um coração que bate por mudança em Cristo...

"...para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios." II Co 2:11

Taís Santos

9 de setembro de 2009

Quantos Sermões por Ano?


Qual a parte mais importante de um culto?


Alguns dira: "os louvores em adoração a Deus"
Outros: "a confraternização entre os irmãos"
Ainda: "os momentos de oração"

Mas a grande maioria acredita que o ponto "alto" de um culto é o SERMÃO, entendido como o momento em que o Senhor fala ao Seu povo, através do Seu(sua) mensageiro(a).

Apesar de que os sermões, como conhecemos hoje, nem sempre fizeram parte da liturgia da Igreja Primitiva (nem da Adventista), é compreensível a importância que todos damos ao momento do culto no qual a Palavra de Deus é exposta para nossa edificação.

Porém... uma vez que damos tanta relevância aos sermões pregados em nossos cultos, deveríamos ser mais atenciosos em "praticar" aquilo que nos é exposto através das páginas das Escrituras.

Vejamos...

Um ano tem 52 semanas. Isso dá um total, aproximado, de 52 sábados, 52 quartas-feiras e 52 domingos. Ou seja, um frequentador assíduo da Igreja ouvirá durante um ano algo em torno de 156 sermões nos cultos.

Se acrescentarmos os cultos de pôr-do-sol, meditações de Pequenos Grupos, cultos familiares, Semanas de Oração, Retiros, Acampamentos, etc... podemos facilmente concluir que, em um ano apenas, cerca de 200 sermões são pregados para nós. Isso mesmo, DUZENTOS SERMÕES! Por ano!

Quando eu refleti sobre isso, há alguns anos, logo me veio à mente uma pergunta: "E os temas? São diferentes a cada ano?" A resposta é clara: Não!

Os temas são sempre os mesmos: santificação, perdão, salvação, graça, proteção divina, fé, doutrinas, volta de Jesus, profecias, trabalho missionário, Mordomia Cristã, família, jugo desigual, Reforma Alimentar, vida de Jesus, comunhão, adoração, consolo em momentos de dor, combate às heresias, etc., etc., etc.

Os assuntos são os mesmos... mudam-se, apenas, as abordagens, nuances, pontos de vista, etc.

Certa vez, ouvi uma ilustração muito interessante sobre isso que estou compartilhando com vocês, através deste "púlpito virtual" que é o blog (rsrs). Dizia assim...

Um idoso e experiente pastor foi transferido para um importante distrito de uma grande cidade. Todos ficaram ansiosos para saber qual a "qualidade" do sermão do novo pastor, pois a eloquência e verbosidade do antigo líder era notória, e todos admiravam profundamente sua "verve".

No primeiro sábado, lá estava ele, pronto para pregar seu primeiro sermão ao novo rebanho. Quando ele começou a falar, todos voltaram a atenção e acompanharam, perplexos, o quanto o novo pastor era eloquente e profundo em sua mensagem bíblica. Até mais que seu antecessor! Muitos chegaram às lágrimas, tamanho o "poder" com que o pastor lhes revelava as belezas contidas no texto bíblico escolhido para aquele momento.

Ao final, a Igreja estava certa de que aquele era o pregador que eles tanto necessitavam para continuarem firmes na fé. À porta, os cumprimentos eram quase todos os mesmos: "Parabéns!", "Obrigado pelo lindo sermão!", "O senhor nesta manhã falou para mim!"... e por ai vai.

Quinze dias depois, novamente era o pastor que pregaria no culto divino. Sua "fama" já havia se espalhado, e a Igreja estava lotada de pessoas querendo ouvir o que ele pregaria desta vez. Naquela manhã de sábado, praticamente todo o distrito veio para ouvir o idoso pastor.

Quando ele começou, alguns se surpreenderam pelo fato de que ele estava pregando O MESMO SERMÃO. Quem já o havia ouvido, pensou: "Não tem problema! Foi tão bom que quero ouvir outra vez, para relembrar os detalhes".

E ele pregou o mesmíssimo sermão... do mesmo modo... com a mesma eloquencia e riqueza de detalhes. Ao final, alguns, ainda, foram às lágrimas.

Na terceira vez que ele estava escalado para pregar, a surpresa também foi geral: Ele pregou O MESMO SERMÃO.

E isso se repetiu pela quarta, quinta e sexta vez... então, a Comissão se reuniu e cobrou dos Anciãos uma posição: eles deveriam visitar o pastor e saber se ele não tinha outros sermões para pregar àquela importante congregação.

E assim o fizeram...

Ao chegarem na residência do experiente ministro do Senhor, os Anciãos expuseram a ele a preocupação dos outros líderes da Igreja, e que as pessoas já estavam questionando a capacidade do pastor de produzir outros bons sermões. Ele só tinha aquele mesmo?! Perguntaram-lhe.

Sua resposta foi OUTRO "sermão":
- No dia em que vocês começarem a praticar aquilo que preguei neste primeiro sermão, então começarei a pregar outros...

Que lição!

Isso nos mostra algo MUITO IMPORTANTE:
1. O sermão não acaba quando o pregador diz "Amém" (ou o famoso jargão: "Que o Senhor nos abençoe...");
2. Para que ele surta algum efeito, é necessário que os ouvintes estejam dispostos a praticarem aquilo que foi pregado;
3. A vida do próprio pregador também deve ser uma realidade daquilo que foi pregado à Igreja. Afinal, "as palavras convencem, mas o exemplo arrasta!".

Já iniciamos o último quadrimestre do ano 2009. Quantos sermões já ficaram para trás, e quantos ainda virão até 31 de dezembro (que normalmente se encerra com outro sermão...rsrs)?!

Por mais bonitos, eloquentes e profundos que possam ser os sermões, eles nada mais serão do que "palavras ao vento", se não encontrarem lugar no coração dos ouvintes (e do pregador).

Da próxima vez que eu e você estivermos sentados, ouvindo a Palavra do Senhor sendo exposta diante de nós, vamos permitir que o Espírito Santos nos mostre a forma "prática" de vivermos a mensagem, e assim fazermos de cada sermão UM TOQUE DIVINO em nós.

"Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma. Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência" (Tiago 1:21-24).

Autor: Gilson Medeiros

tais|santos WebMaster