20 de janeiro de 2009

''QUE FAREI DE JESUS, CHAMADO CRISTO?''

Quero iniciar com uma pergunta muito importante. É uma pergunta que foi levantada há 2000 anos atrás por um famoso governador. Ele fez a pergunta para a ocasião, e de acordo com as circunstâncias do momento. Entretanto, não sabia que estava fazendo a pergunta mais solene de toda a sua vida. Esta também é a pergunta mais solene que você terá de enfrentar enquanto você viver, em todos os dias de sua vida. Sabe qual é a pergunta?

Mateus 27:22: "Que farei então, de Jesus, chamado Cristo?"

Aqui temos a mais solene pergunta feita por Pilatos, governador romano. Pilatos tinha que fazer a decisão final quanto ao destino de Jesus. E ele não sabia o que fazer. Jesus tinha sido julgado pelo tribunal judaico que O condenara por blasfêmia; tinha sido levado perante Anás e Caifás, Herodes, e agora conduzido apressadamente a Pilatos, na madrugada daquela 6a feira do ano 31 de nossa era cristã.

E como Pilatos não sabia o que fazer, consultou a multidão, fazendo a mais solene pergunta: ''Que farei de Jesus, chamado Cristo?'' Ao pronunciar tais palavras (que se constituem na pergunta mais importante que já pode ser formulada), Pilatos fez uma interrogação universal que todo o indivíduo terá de enfrentar: – É uma pergunta pessoal, de cada indivíduo. – É uma pergunta inescapável: ninguém pode ser neutro, todos terão de enfrentá-la, todos terão de responder a esta importante e solene pergunta: ''Que farei de Jesus, chamado Cristo?''


I - COMO PILATOS RESPONDEU À SUA PRÓPRIA PERGUNTA


Pilatos cometeu 3 injustiças:

1- Pilatos libertou a um criminoso. Entre libertar um justo e um criminoso, ele escolheu libertar a um criminoso. Barrabás era o preferido da multidão, e Pilatos achou melhor seguir à multidão. O escolhido não foi o Salvador; foi um dos mais temidos criminosos.

2- Pilatos mandou açoitar a Jesus. Ele primeiro reconheceu a inculpabilidade de Jesus. V. 23: ''Que mal fez Ele?'' ''Eu não acho nEle crime algum!'' A seguir, mandou açoitar a Jesus Cristo. Como pode fazer isso? Se Jesus não é culpado, como pode Pilatos mandar açoitá-Lo? Os judeus perceberam sua vacilação e insistiram: ''Crucifica a Este, solta-nos Barrabás!''

3- Pilatos entregou a Jesus. Ao entregar Jesus aos líderes judaicos, Pilatos O condenou à morte, e morte de cruz, a pior morte, a morte mais horrenda e vergonhosa. Pilatos nunca mais teve paz de espírito. Não podia mais esquecer o que tinha feito de Jesus Cristo. Isso afetou toda a sua vida, e ele não podia mais mudar o que tinha feito. Bem que a mulher dele o advertira. No ano 39, 8 anos após à crucifixão de Jesus, não podendo mais suportar o remorso que carcomia a sua consciência culpada, ele pôs fim à sua miserável existência.


II – COMO OUTROS HOMENS RESPONDERAM À PERGUNTA


1- JUDAS também não sabia o que fazer de Jesus Cristo.

Judas era um homem de talentos especiais, admirado por muitas pessoas, inclusive pelos outros discípulos.

Ele viveu com Jesus por 3 anos. Ele pôde acompanhar o Salvador em Seus poderosos milagres, e em Suas obras de amor. Ficou convencido de que Ele era realmente o Messias enviado de Deus. Aprendeu muitas lições preciosas proferidas por Jesus. Mas Judas amava ao dinheiro mais do que a Cristo e Suas lições. Ele era avarento e ladrão e não quis se arrepender, não quis fazer de Jesus o seu Salvador.

Então, no final dos 3 anos, ele decidiu o que fazer de Jesus: - ele chamou os líderes judeus e propôs entregá-Lo. Então, traiu a Cristo por 30 míseras moedas de prata. Mas esse dinheiro que tanto desejara não lhe serviu de nada. Após a traição, tocado de remorso, Judas foi procurar os sacerdotes para devolver as moedas, dizendo: ''Pequei, traindo sangue inocente!'' E eles responderam, simplesmente: ''Que nos importa? Isso é contigo!'' Então, Judas jogou as 30 moedas para dentro do santuário, e foi procurar uma árvore para enforcar-se nela. (Mat. 27:3-5).


2- Você sabe o que SAULO fez de Jesus?

Ele perseguia a Jesus na pessoa dos Seus seguidores. Quando ele ia pela estrada de Damasco, a fim de aprisionar ainda outros cristãos daquela cidade, ele se encontrou com Jesus, que lhe apareceu numa radiante luz, e ouviu estas palavras: ''Saulo, Saulo, por que Me persegues?'' (Atos 9:4).

Nesse momento, compreendeu que estava fazendo tudo errado, e se defrontou com a grande questão: ''Que farei agora de Jesus? Pois até aqui, eu vinha perseguindo a esse Jesus, a Quem Deus ressuscitou dos mortos, como Filho de Deus! O que farei agora dEle?''

Mas ele não consultou aos seus companheiros de viagem. Ele consultou ao próprio Jesus, dizendo-Lhe: ''Senhor, o que queres que eu faça?'' (Atos 22:10). Então, o Senhor Jesus Cristo o dirigiu para os cristãos perseguidos, a fim de que eles o batizassem, e Saulo perseguidor se tornou em Paulo perseguido, um cristão autêntico, fazendo de Jesus o seu Salvador pessoal, e levando outros milhares à salvação.


3- NICODEMOS aceitou a Jesus como seu Salvador.

Ele teve um encontro com o amado Mestre, ouviu atentamente as Suas palavras e compreendeu o plano da salvação.

Então, passou a defender a Jesus até diante do tribunal judaico, o Sinédrio; quando todos os outros estavam firmados contra o Mestre, Nicodemos ficou sozinho para pleitear em Seu favor, correndo o risco de perder a sua elevada posição, ser expulso do tribunal, e da própria sinagoga.

Após a morte de Cristo, o rico Nicodemos entregou todos os seus bens para a pregação do Evangelho.


4- PEDRO negou a Jesus, vergonhosamente.

Após tanto tempo em que tinha estado com Jesus, não se conhecia nem mesmo a si próprio. Jurou fidelidade até à morte e foi advertido por Jesus de que ele O negaria naquela mesma noite. Ele respondeu que jamais faria aquilo, mesmo se outros fizessem.

Entretanto, com medo de uma simples criada, negou que conhecesse a Jesus. Sim, o mesmo Pedro que jurou que estava disposto a morrer por amor a Cristo!

Felizmente, ele se arrependeu de forma sincera, tornou-se um dos grandes apóstolos do Mestre, e no final de seu ministério, deu a vida por amor a Cristo, sendo crucificado de cabeça para baixo, deixando-nos um exemplo digno de desprendimento, renúncia e abnegação.


5- A MULTIDÃO rejeitou a Cristo.

Instigados pelos sacerdotes e fariseus, clamavam: ''Crucifica-O! Crucifica-O!''

E diziam mais: ''O Seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos!''

Onde estavam os leprosos que foram purificados? Onde estavam os paralíticos, os coxos que se ergueram com saúde? Onde estavam os cegos que recuperaram a vista pelo poder de Cristo? Onde estavam todos os enfermos e endemoninhados? Muitos deles ali estavam avolumando o grito: ''Crucifica-O!''


III – O QUE FAREMOS NÓS DE JESUS, CHAMADO CRISTO?


Pilatos não sabia o que fazer de Jesus e consultou ao povo, que o pressionava, exigindo a crucifixão do Filho de Deus.

Você consulta a outras pessoas sobre suas decisões espirituais? Você deixa que os seus parentes, amigos e vizinhos interfiram em sua opinião, e permite que eles decidam o que você fará de Jesus? Esta é uma questão muito importante para você deixar que os outros decidam por você!

Este é um assunto de vida ou morte: sua salvação ou perdição eterna dependem da decisão sobre o que você vai fazer de Jesus Cristo!

Pilatos não aproveitou a sua última oportunidade. Ele não sabia que se ele não aceitasse a Cristo naquele momento, ele se perderia para sempre. Pode ser que alguns aqui estejam passando pela sua última oportunidade. Ninguém pode saber o que acontecerá amanhã!

Pilatos não fez de Jesus o Seu Salvador, e viveu mais alguns anos, cheios de remorsos. Então, não podendo mais suportar aquela existência miserável, suicidou-se, para a sua perdição eterna, porque não fez a escolha certa. Ele desprezou a última chance de toda sua vida; ele menosprezou a maior oportunidade de sua infrutífera existência.

Você também não pode saber o que acontecerá se não fizer de Jesus o seu Salvador nesta noite, porque amanhã poderá ser tarde demais.

Uma jovem certa vez, começou a assistir a uma série de conferências. Houve muitas oportunidades, muitos apelos. Mas ela não se decidia. Assistiu a mais uma conferência, mas não se decidiu naquela noite. Então, no outro dia, atravessando a rua, foi atropelada e morreu. Ela não sabia que aquela noite era a sua última oportunidade e rejeitou a Jesus na sua vida. Não podia saber que o seu tempo de graça estava se esgotando, e se perdeu.

O que faremos de Jesus, chamado Cristo? O que você vai fazer dEle? Decida-se por você mesmo: - O que você vai fazer de Jesus? Sugiro que você O torne o seu Salvador pessoal.

Jesus é o único e suficiente Salvador, porque não existe outro. Ninguém mais poderá salvá-lo. Os santos não podem salvá-lo; os profetas não podem salvá-lo; os ministros não podem salvá-lo; as igrejas não podem salvá-lo! É só Jesus Cristo que pode salvá-lo! Ele é o único; não existe mais ninguém!

Mas considere agora:


IV – O QUE JESUS FEZ POR VOCÊ


Para saber o que você deve fazer de Jesus, você deve meditar no que Ele já fez por você.

1- Jesus deixou o Seu trono lá no Céu. Ele é Rei e estava assentado no trono junto do Pai. Mas Ele deixou o conforto do Seu Paraíso, deixou toda a glória e honra que recebia dos santos anjos e dos mundos que não caíram no pecado, e veio a este mundo por você e por mim.

2- Jesus viveu uma vida perfeita por você. Ele viveu aqui neste mundo uma vida de perfeita obediência à Lei de Deus, para que pudesse creditar tudo isso na sua conta. Então, Ele assumiu todos os seus pecados, para dar a você a sua perfeita justiça com a qual você pudesse ser perdoado e reconciliado com Deus.

3- Jesus morreu por você. Na Cruz do Calvário, Ele derramou o Seu precioso sangue, morrendo por você numa infamante e vergonhosa morte de cruz, para que você pudesse viver, e não precisasse sofrer a pena e o castigo do pecado.

4- Jesus ressuscitou para lhe dar a vida eterna. Ele foi ao Céu e intercede por você. E finalmente prometeu voltar para buscá-lo. Agora está garantida a sua entrada no Céu, para você poder viver eternamente lá no Paraíso com Deus, que o amou de tal maneira que deu o Seu Filho único para fazer tudo isso por você, para que hoje você soubesse o que fazer de Jesus.


CONCLUSÃO


Então, sabendo agora de tudo isso, o que você fará de Jesus, chamado Cristo? Ao saber Quem é Jesus, o poderoso Salvador, que demonstrou tão maravilhoso amor de tal modo que viveu e morreu por você e por mim, eu já fiz de Jesus o meu glorioso Salvador.

E quanto a você? O que fará de Jesus? Gostaria de recebê-Lo em seu coração? Você gostaria de recebê-Lo como Salvador pessoal? Você gostaria de fazer de Jesus o Seu Deus e Senhor, por toda a sua vida?

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17 de janeiro de 2009

Partituras CD Jovem 2009


Todas as partituras do cd Jovem 2009.



Como Ser Fiel em Tudo


É fácil manter comunhão com Deus quando as coisas vão bem - quando Ele provê comida, amigos, família, saúde e situações felizes. Mas as circunstâncias não são sempre agradáveis.E como então você irá adorar a Deus? O que você faz quando Deus parece estar a milhõesde quilômetros?A mais profunda adoração é louvar a Deus a despeito da dor, dar graças durante a provação, manter a confiança nEle em meio à tentação, render-se a Ele durante um sofrimento e amá-Lo quando Ele parece distante.



Hinário Adventista


Mids dos 610 hinos do Hinário Adventista.


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16 de janeiro de 2009

Meditação!

Vivemos em tempo de luta tão constante como nunca antes, entre as duas forças que regem esse mundo, e não a tempo para brincar de cristão! Satanás esta prestes a exercer o seu maior engano, a personificação de Cristo, e com isso torna o mundo cada vez mais cristão, um cristianismo deturpado, nada palpável, baseado em emoção, sem doutrinas sólidas e transformadoras, para que quando vir como Cristo, expressando até mesmo sua roupa descrita em Apocalipse 1: 14 e 15 ( Eventos Finais pág. 142), possa encontrar o mundo de braços abertos para um “cristo” liberal, moldado a imagem e semelhança do mundo. Sejamos nós solidificados ao verdadeiro Cristianismo, onde somo NÓS transformados a imagem e semelhança de Cristo, O Cristo!

Ser evangélico ou participar do mundo gospel em hipótese alguma determina se somos ou não cristãos, mas seguir a Cristo sim... Já leram essa frase em alguns carros: “Deus é fiel”? Isso determina o cristianismo da pessoa que à usa? Ser cristão não é saber se Deus é fiel ou não, por que Ele é, mas sim se somos ou não fieis a Ele!
Você faz o que Cristo manda ou o que você gosta de fazer?
Você come o que Cristo manda ou o que você gosta de comer?
Você se veste como Cristo manda ou como a moda manda?
Quem é o senhor? Aquele que manda ou aquele que obedece?
Jesus é o Senhor! Não eu, não você, não nós...
Sejamos santos meus irmãos, sejamos separados, e não gospels, ou apenas evangélicos...

Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más.” (2 João 1: 10 e 11).

Em seus esforços para alcançar o povo, os mensageiros do Senhor não devem seguir as maneiras do mundo.” (Testimonies, vol. 9, pág. 143).

Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” (Apocalipse 14:12)

Daniel santos

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13 de janeiro de 2009

Guerra dos Sentidos: História da Música


Esta é a primeira de uma série de três estudos baseados na palestra Guerra dos Sentidos, por Daniel Spenser, onde serão abordados no campo musical os seguintes temas:

1- A História da Música (até o surgimento do gospel);

2- A História do Rock;

3- Musica: seus efeitos e contexto religioso.

Cada estudo será postado no blog a cada uma semana.


Quando se fala de música, começa a tensão: os liberais ficam preocupados se é alguém que vai outra vez falar contra a bateria e os conservadores ficam preocupados se é alguém que vai falar a favor da bateria. Eu costumo dizer que o Diabo sempre quer que nos prendamos aos detalhes e aos pormenores sem vermos o quadro. É como se mostrássemos uma folha com uma pintinha preta. Todo mundo diz que está vendo uma pintinha preta, mas ninguém fala da folha. Às vezes nós nos debruçamos tanto sobre um problema que ele parece enorme. Mas se nos afastarmos iremos ver que ele é só uma pintinha. Hoje há uma visão panorâmica e vamos partir de que vivemos em um conflito entre o bem e o mal. Este conflito começou no céu, veio para a terra e no final do Grande Conflito, ganha quem dominar a guerra dos sentidos. A irmã White define a guerra dos sentidos como sendo as “avenidas da alma”. Nesses estudos nós vamos falar sobre a audição e nos debruçaremos sobre a questão da música nesse contexto. Eu gostaria que entendêssemos a história da bateria e dos instrumentos porque estamos falando em um contexto em Satanás só tem acesso ao ser humano através das avenidas da alma: visão, audição, tato, paladar e olfato. Com certeza ele teve que trabalhar ao longo dos anos muito bem todo este lado para conseguir invadir o nosso íntimo. Primeiro vamos fazer uma pequena abordagem sobre a questão da história da música.
A música tem uma origem remota e ninguém tem dúvida se dissermos que quando Deus fundava a terra, as estrelas juntas alegremente cantavam jubilando. Isso significa que a música existia ainda antes de existir o ser humano. Na verdade, os anjos do céu sempre estão buscando motivos para louvar a Deus e cantar. Vemos que Deus criou a música e logo escolheu um talento nato, alguém que tivesse tudo a ver com a questão da música. Este ser é chamado de Querubim Ungido. É claro que estamos nos referindo a Lúcifer. Em Ez 28 nos diz que “em ti se faziam os teus tambores e pífanos.” Tambor é um instrumento de percussão e pífano é um instrumento de sopro melódico. Então está nos dizendo que satanás é especialista em toda espécie de música. Ele entende tanto da parte rítmica até a parte melódica. Desde o dia em que foi criado, ele teve muito talento nesta área. Ele era, segundo diz o espírito de profecia em vários livros (História da Redenção pág 25) que satanás havia dirigido o coro celestial. Ele sempre entoara a primeira nota e então toda a multidão angélica se unira a ele em acordes musicais. Imagine a pessoa que você conhece que é mais fera em música. Considere essa pessoa junto do anjo do céu que menos entende de música. O mais fera em música da terra é desafinado considerando o anjo do céu que menos entende. Agora imagine o anjo do céu que mais entende! É uma distância muito grande.
Não é uma coisinha qualquer, ele entendia muito de música. Mas acontece uma mudança de planos: vemos que enquanto os anjos cantam com Adão e Eva, satanás ouviu essa melodia e expressou a ansiedade de incitá-los à desobediência. E aqui começa o problema. Esse problema vai nos levar a uma primeira conclusão:
- Satanás é o maior músico na face da terra
Ele tem mais de 6000 anos de experiência em música e deseja acabar com o louvor e a adoração a Deus. Repare: o problema no céu começou com um problema de adoração e a parte principal da adoração é o louvor, e o grande especialista em louvor era Lúcifer. Ele tinha tudo que precisava. Agora eu lhe pergunto: será que ele vai tentar usar isso para desviar os filhos de Deus? Óbvio! Se você é especialista em matemática, é claro que não vai fazer vestibular de química!
Ao longo da história da música, temos a música sacra e a música secular. E aqui começa o duelo. Satanás tem como objetivo deturpar a música, deturpar a humanidade e especialmente o louvor e a adoração a Deus. O que significa música sacra? Sagrado, religioso, separado. Música religiosa, sacra, sagrada e que é pra Deus ela deve ser SEPARADA. Diferente. Então temos um problema. Porque muitas pessoas dizem que nós podemos ter heavy metal pra Deus, samba pra Deus, pagode pra Deus... Mas, pagode, heavy metal e samba são músicas que não são separadas, que não são diferentes, então elas não servem para a música religiosa. Porque a música religiosa tem que ser separada, sagrada, sacra, diferente.
Isto deita por terra muitas teorias, mas ainda é um argumento fraco. Temos que analisar mais coisas. O que significa música secular? Do século, popular, do dia-a-dia, comum. Aqui entra um dos grandes mitos que normalmente impera entre as pessoas cristãs. Que é a idéia de que o cristão só deve estar envolvido com música sacra e não pode ouvir música secular. O sábado é um dia sagrado ou secular? Sagrado. Portanto ele é separado. E os outros dias da semana são seculares ou sagrados? Seculares, comuns. Ao sábado eu não trabalho e nos outros dias da semana eu faço atividades comuns como trabalhar. Certo? Se eu trabalho, eu estou a pecar? Não. Eu estou a ter uma atividade secular e aos sábados eu tenho atividades sagradas. Agora se eu trabalho em uma boate, ai eu estou a fazer uma atividade que não só é secular como também é mundana. Isso é o que temos que entender.
A música que serve para adorar a Deus só pode ser diferente, sagrada e separada. A música que serve para escutar em situações normais para um cristão ela pode ser secular, mas não pode ser mundana. Mas nós temos que ter cuidado com a música secular porque hoje em dia quase que não existe música secular que não seja mundana. Mas existe outro perigo que é de as pessoas banalizarem a música sacra. O sacro tem o seu momento. Não existe problema em ouvir música secular desde que ela não ofenda os princípios. Mas aqui começa um problema. E como saber?
Vamos fazer uma breve história e abordagem. Desde o povo de Israel, nós vemos que aparece Jubal como o grande instrumentista (primeira referência de música na bíblia) e depois encontramos logo uma diferença entre o povo de Israel e os povos pagãos. O povo de Israel tem uma música semelhante à música árabe, Oriente Médio. Mas a música judaica ela é inocente: homens de um lado, mulheres do outro e uma melodia calma (vemos isso em casamentos judaicos). E como é a música árabe? Com gueixas e aquelas danças todas. A batida da música judaica é dinâmica, alegre, mas é mesmo assim diferente.
Quando Moisés subiu ao monte Sinai, logo o Diabo convenceu o povo a fazer uma pequena “mudançazinha” na música. Fizeram logo um bezerro, as mulheres todas se ataviaram e começou logo um esquema. Moisés quando veio, acaba com tudo aquilo. E deve ter se perguntado: “o que é que está acontecendo aqui?” ou: “de onde veio essa música?” Temos que atentar que eram 400 anos de escravatura. Muitas pessoas se pegam no exemplo de Miriam atravessando o Mar Vermelho com tamborins e danças, e elas esquecem que eles tinham 400 anos de influência de música pagã. Em 400 anos você nunca viu outra coisa, eles nem sabiam o que era um sábado. Eles não sabiam nada. Este é o povo e, ao longo da história nós vemos que já na igreja primitiva Paulo nos aconselha a louvar ao Senhor com salmos e hinos. Salmos são louvores de antes de vir o Messias e hinos ele se refere aos louvores ao Messias que já veio. Mas o cristianismo entrou num desvirtuamento. Ao começar a comprometer os seus valores para abarcar uma maior quantidade de pessoas e ser mais popular.
Nesse tempo, surge Gregório. Ele cria o canto gregoriano que tem 3 características fundamentais:
1- Tinha como objetivo elevar a música. Elevar a espiritualidade.
2- Colocou apenas melodia. Não havia harmonia, ou seja, todos cantavam a mesma coisa. Não existia divisão de vozes.
3- Deu importância à letra
O que interessava é que eu dissesse tudo que tinha para dizer e a música acompanharia. Todavia nós vemos que este valor se inverteu. A letra já não é o mais importante. As pessoas querem curtir a música e a letra depois que se encaixe.
Depois chegamos à Idade Média onde vamos entender o que aconteceu na estrutura da música. Lá nós temos as cantigas de escárnio e maldizer, mas há algo que aconteceu na Idade Média antes de chegar ao Renascimento que foram os descobrimentos. Os portugueses saem e encontram o Brasil, os espanhóis vão percorrer todos os países da América Latina e os ingleses vão para a América do Norte, todos por motivos diferentes. Mas a descoberta do Novo Mundo começa. E encontram outras culturas: os rituais africanos com tambores e esses rituais, sempre ligados ao feiticeiro que canta e dança para que baixem os espíritos. Esse ritual começa com muita música e com muito ritmo, entra-se então num êxtase musical e desse êxtase as pessoas começam a perder a noção e a sair si entrando num transe e, neste, baixam os espíritos. Parece estranho, mas isso é exatamente o que acontece no movimento pentecostal de hoje. Será que existe alguma relação? Já vamos entender.
Além disso, o homem europeu vai encontrar o africano e traz esses escravos para o Novo Mundo onde encontra o homem índio. Chove, temos que dançar pra parar de chover e, quando para de chover temos que dançar para voltar a chover tanto como para afastar os espíritos maus e virem os bons. Repare como em todas estas culturas a música está totalmente ligada à religião. Agora, nos rituais africanos que espíritos baixam? Os Espíritos Santos? Vários??? Como, se só há um Espírito? Só existe um! O Espírito Santo. Todos os outros espíritos que possuem os seres humanos, na maioria das vezes o fazem involuntariamente. São espíritos de demônios. Ou é o Espírito Santo, ou é um espírito de demônios manifestando-se.
Na Europa nós vemos seguir todo o esquema musical controlado pela igreja. Temos aquilo que nós chamamos hoje de música clássica. O clássico na realidade foi só um período da música. Mas temos o renascimento, o barroco, o clássico romântico. Com este sistema musical europeu da música erudita, quem controlava essa música? Beethoven, Vivaldi... Todas essas pessoas compunham que tipo de música? Instrumental e religiosa. Porque quem controlava financeiramente isso era a igreja. Vejam quantos séculos de música, em quantas culturas diferentes estão conectadas à religião! A música desenvolve um papel muito importante na religião a religião tem uma influência preponderante na música. Agora, nesse Novo Mundo temos escravos africanos, europeus e índios começam a ver que uns fazem música diferente de outros. Então acontece o que chamamos de miscigenação de culturas. Começam-se vendo novas formas de músicalizar. Então a música instrumental da Europa vai se misturar com os tambores africanos. Nesse período acontece o movimento para libertação dos escravos na América do norte. Os EUA se dividem em dois grupos onde um quer a libertação e outro não. O homem branco vai à guerra e penhora os seus instrumentos para partir. De outro lado, o homem negro começa sendo liberto e agora já não trabalha por chicotadas, mas sim por salário. E do que o africano mais gosta? De música. Então com os seus primeiros salários eles vão e compram todos aqueles instrumentos penhorados. Daí surgem dois fenômenos musicais que é importante aprendermos:
Primeiro temos de um lado os africanos que tem uma perspectiva religiosa. Eles vêem Deus como forma de libertação da sua opressão. Do outro lado temos os africanos que não vêem Deus como forma de libertação dessa opressão. E o que eles cantam? Vícios. Eles se libertam em todas as formas de prazer. Então com esta instrumentalização eles criam novos estilos musicais. Eles criam o blues. O ritmo blues significa o sentimento triste, pesaroso, melancólico e sincopado. Eu me arrasto e me liberto nos prazeres. Blues pode ser visto como esta depressão, mas ao mesmo tempo quando você se sente “blue”, azul, ou seja, é o prazer que vem no meio da depressão como sua libertação através do vício, drogas ou sexo.
Temos o swing, que significa um movimento ou balanço. E neste estilo de música era uma referência ao movimento do corpo durante o ato sexual. Jazz, é uma referência à ejaculação, ou seja, todas as referências de libertação que os negros que viraram as costas à Deus tem, é pelos prazeres da carne e pelos vícios. Desses dois grupos vão nascer diferentes estilos musicais: de um lado a música gospel (refiro-me ao gospel original, porque o gospel moderno já tem influência pop rock) que vem se juntar aos hinos compostos por Lutero. Do outro lado, temos os africanos que não acreditam em Deus como sua solução com o rock in roll.


Próximo estudo: A História do Rock

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